Em 21 de março comemora-se o Dia Internacional das Florestas, várias são as ações realizadas mundialmente. A importância de se preservar as áreas florestais e a necessidade de uso racional dos seus recursos são o foco dos trabalhos de conscientização da população sobre as florestas.
De acordo com o estudo publicado em 13 de março, na revista científica Nature, a floresta Amazônica corre risco de cair em um círculo vicioso de seca e desmatamento, provocado pela ação humana e redução das precipitações na região. A pesquisa inovadora e complexa, liderada pela cientista Delphine Clara Zemp, do Instituto de Pesquisa Climática de Potsdam (PIK) aprofunda a estreita relação existente entre o desmatamento e a seca. Para Zemp, “quanto maior a seca, menor a floresta, e quanto menor a floresta, maior a seca. E assim sucessivamente. As consequências deste círculo vicioso entre as plantas e a atmosfera que as rodeia não estão claras."
O coautor da pesquisa Henrique Barbosa, da Universidade de São Paulo (USP), afirma que o ciclo de água da Amazônia é suscetível as mudanças climáticas. “A ação humana está impondo perturbações maciças no Amazonas, pela poda de árvores e pelos gases do efeito estufa que reduzem a umidade e as precipitações, e acaba afetando até as partes inexploradas da floresta." A conclusão de Barbosa é que “preservar a biodiversidade se transforma não só numa questão de amar a natureza, mas num elemento estabilizador do sistema terrestre."
Neste contexto, o Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Alto Jacuí desenvolve suas ações de gestão dos recursos hídricos, sempre buscando equacionar os conflitos de usos e a redução da degradação ambiental. As florestas são fontes de biodiversidade que mantém o ciclo da vida, preservá-las é essencial para sobrevivência do planeta terra, afirma Josimar Moschaider, secretário executivo do Comitê Alto Jacuí.
Texto e imagem: Juliana Leocádio T. Viganigo
Assessora de Comunicação
Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Alto Jacuí
Universidade de Passo Fundo