A grande maioria dos produtores que plantam milho, procuram faze-lo, nos meses de agosto e setembro, é que a possibilidade de perdas pela estiagem é menor, do que se plantada mais tardiamente, porém esses produtores correm o risco de sofrerem com perdas pela formação de geada, fato esse que afetou muitos produtores do estado esse ano.
O problema que ocorreu esse ano, é o fato de ter ocorrido formação de geada, nos dias 26 e 27 de setembro, fato não comum e que atingiu a cultura do milho em fase de desenvolvimento vegetativo. Ocorre que muitos produtores não sabem o que fazer no momento, alguns estão acionando o Proagro -(Seguro da lavoura), outros estão aguardando para ver como a cultura vai reagir, ocorre que em muitas lavouras a perda é parcial e acionando o Proagro o produtor corre o risco de não poder replantar a área e com isso, deixar de ter a possibilidade de colher mais no futuro, outro problema que pode ocorrer é o produtor acionar o proagro, realizar novo plantio na área e ter perdas futuras, porém, essas perdas futuras não terão mais direito de cobertura pelo seguro, por isso muitos profissionais da área técnica estão aconselhando os produtores a pensar com calma, sobre qual a melhor alternativa.
Segundo estudos, a planta do milho que se encontra em estádio V4 (quatro folhas expandidas, apresentando colar, lígula e aurículas visíveis) quando afetada por geada, a mesma apresenta boa capacidade de rebrotar, não comprometendo significativamente a produção final, desde que o ponto de crescimento não tenha sido afetado. Porém em estádio V4, a planta não tem boa tolerância a alagamento, pela baixa capacidade de oxigenação do ponto de crescimento.
O fato é que ocorreram prejuízos na cultura do milho, pelo efeito da geada, mas ainda é difícil de quantificar esses prejuízos e o produtor precisa pensar bem antes de tomar alguma medida, como por exemplo, solicitar cobertura pelo seguro agrícola e também replantar a área, pois algumas lavouras ainda possuem condições de recuperação, dependendo de fatores que variam muito de uma lavoura para outra.