sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Potássio: empresa vê potencial em prospecção na bacia do Amazonas

       Companhia começou os trabalhos de exploração na região em 2007



      A Potássio do Brasil, empresa criada na segunda metade desta década e controlada por fundos de investimentos e acionistas "pessoas físicas" de Brasil, Canadá, Austrália e Europa, anunciou ontem que obteve dados geofísicos animadores para a mineralização de potássio nas pesquisas já realizadas na área que explora na bacia do Amazonas, próxima a duas outras jazidas da Petrobras.


     A companhia começou os trabalhos de exploração na região em 2007, e no ano passado conseguiu captar US$ 25 milhões para desenvolver as pesquisas cujos resultados estão começando a sair. Segundo Helio Diniz, diretor-executivo de operações da Potássio do Brasil, pelo menos mais dez perfurações serão realizadas até o fim deste ano em busca de informações mais precisas que justifiquem a exploração comercial da reserva.


     Em caso de resultados satisfatórios, informou, serão necessários mais US$ 100 milhões para o prosseguimento das sondagens e para serviços de engenharia e para o desenho da mina em si. A partir daí ficarão mais claras as viabilidades técnica, ambiental e econômica do projeto.


    Já estamos negociando a captação desses recursos", disse Diniz. Segundo ele, os investidores atuais estão sendo procurados para eventuais aportes adicionais. Mas há outras opções em vista, e entre as quais uma possível busca por um novo parceiro de peso.

    O que Diniz espera encontrar nos trabalhos de prospecção que estão sendo realizados na área da empresa na bacia do Amazonas é uma reserva capaz de resultar em uma produção de cerca de 2 milhões de toneladas de cloreto de potássio por ano. Para que uma produção deste patamar saia efetivamente do papel, o executivo calcula que serão necessários investimentos de US$ 2,5 bilhões.

    Do tripé fundamental para a produção de adubos (fosfato, nitrogênio e potássio), o potássio é o mais carente no Brasil, que costuma importar cerca de 90% de suas necessidades. Com essa conhecida carência na manga, a Potássio do Brasil já estabeleceu acordos comerciais com grandes grupos de cooperativas de agricultores garantindo preços mais vantajosos para parte da produção da futura operação, se ela se confirmar.


     O anúncio também acontece em um momento de ebulição no mercado internacional de fertilizantes, uma vez que a canadense Potash Corp., maior grupo do segmento do mundo, vem sendo disputada pela australiana BHP Billiton e pela chinesa Sinochem, que busca formar um consórcio para fazer frente à "rival".


(Fernando Lopes)
(Valor Econômico, 9/9)


    Esperamos que isso resulte em beneficios para o nosso produtor, com preços mais acessíveis, e também que o produtor use de forma racional este recurso tão importante.

  Colaboração e sugestão da matéria : José Claudio Motta /Cruz Alta