quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Avanço da Vespa da Madeira preocupa técnicos da Defesa Sanitária Vegetal

O avanço da incidência da vespa da madeira em florestas plantadas de algumas regiões do Estado vem preocupando os técnicos da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio. Os municípios que mais preocupam são os de Lagoa Vermelha, Ibiraiaras, Caseiros e Antonio Prado.

De acordo com o engenheiro florestal Paulo Olovate, há suspeita de que o controle biológico recomendado não esteja funcionando corretamente nesta região, o que provoca a reprodução de fêmeas férteis, as quais se deslocam de 30 a 50 quilômetros, gerando novos focos de infestação.

“As fêmeas estéreis, constatadas quando há um correto controle, não nos preocupam”, afirmou o técnico, acrescentando que as regiões produtoras estão sendo sob constante monitoramento.

Por esta razão, a Divisão de Defesa Sanitária Vegetal está reforçando a divulgação das formas de controle, entre as quais destacam:
Controle biológico – Inoculação de Nematóides (Deladenus siricidicola) - o Centro Nacional de Pesquisas de Florestas - Embrapa Florestas, Curitiba, PR, tem trabalhado num programa de controle biológico, importando e posteriormente produzindo em território nacional, milhares de doses de nematóide para o tratamento das árvores.

Manejo Florestal – Os produtores de madeira de Pinus spp. devem seguir rigorosamente as práticas de manejo florestal, principalmente, atualizando os desbastes, que são fundamentais para prevenir danos econômicos provocados pela praga.

Eliminação do Material Infestado – Sendo observadas árvores infestadas, estas devem ser eliminadas através de picador, fornalha, ou uso do fogo com a finalidade de defesa sanitária (este último depende de autorização do Departamento de Defesa Sanitária – DDA, através da Gerência Vegetal – GV).

O que é
Inseto originário da Europa, Ásia e norte da África, a vespa, detectada no Brasil pela primeira vez em 1988, pelo pesquisador Edson Tadeu Iede, da Embrapa Florestas, atinge hoje cerca de 200 mil hectares de áreas de reflorestamento com Pinus nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais e São Paulo.

A vespa põe ovos em árvores de Pinus e estes se desenvolvem como larvas que constroem galerias no tronco. Junto com os ovos, a vespa inocula também um fungo e uma substância tóxica que acabam matando a árvore.

A partir de março de 2005, o então Departamento de Produção Vegetal – DPV, implantou o Programa Estadual de Controle e Monitoramento da Vespa da Madeira – PECMVM.