Laranja Gaúcha devera ter menor preço dos últimos dois anos

Como já era previsto pelos profissionais da área, os preços da laranja tendem a ser mais baixos do que os praticados nos últimos dois anos no Rio Grande do Sul, os principais motivos para esse cenário é a boa safra em algumas regiões onde também alguns pomares jovens vem aumentando a produtividade e principalmente pela entrada de fruta para mesa do estado de São Paulo.

A fruta de São Paulo está sendo destinada ao nosso estado devido a boa produção dos pomares paulistas e por as indústrias processadoras não estarem ainda realizando a compra, também se sabe que essas indústrias paulista e do exterior tem um alto estoque de produto (suco concentrado) da safra passada. Com o estoque alto e com a falta de compra das indústrias, com os agravantes da crise na europa e com as barreiras comerciais, os produtores e empresas produtoras acabam comercializando essa fruta em outros mercados, aumentando assim a oferta e consequentemente pressionando o preço da laranja de mesa para baixo, bom para o consumidor, mas ruim para o produtor que não vê os custos de produção reduzir, bem ao contrário.

Outro aspecto negativo para os produtores de laranja gaúchos este ano, foi o clima, algumas regiões os pomares sofreram inicialmente com a estiagem que reduziu o tamanho da fruta e por último alguns pomares sofreram com a geada, que a muitos anos não fazia tanto estrago. O principal diferencial da citricultura gaúcha para a paulista é tamanho das áreas cultivadas e o número de famílias envolvidas com a atividade, sendo o Rio Grande do Sul o que emprega mais mão de obra familiar e possuem menor área por família envolvida, e claro! São Paulo possui uma área total com citros muito maior que a do Rio Grande do Sul.



O cenário não é tão animador para os produtores de laranja gaúchos, mas nada de novo para quem tem algum tempo na atividade, assim como em outras culturas existem os períodos bons e menos favoráveis. Alguns produtores conseguem alternativas para vender seu produto por um preço mais compensador, principalmente os pequenos produtores que conseguem fazer a comercialização direta ao consumidor ou a nichos de mercado que pagam mais, outros através de sistemas cooperativos agregam valor e diminuem custos, a diversificação de variedades e épocas de produção também é uma boa alternativa para algumas regiões, mas não existe um receita pronta, é necessário analisar caso a caso e buscar alternativas.

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