sábado, 12 de novembro de 2011

Qualidade do leite foi tema em dia de campo

Cada vez mais os produtores estão buscando melhorar a qualidade do leite produzido, muito disso, devido as exigências das empresas recebedoras que se baseiam pela normativa 51. Durante o 3º dia de campo do Rede Leite, realizado no último dia 8, no IRDER em Augusto Pestana/RS, o tema qualidade do leite foi trabalhado com produtores e técnicos presentes no evento.

Segundo os profissionais da Unijuí, que apresentaram a estação, a produção do Instituto estava apresentando problemas com a qualidade, onde a contagem bacteriana superava 1 milhão, a partir dessa situação, foi adotado o seguinte procedimento; antes da primeira ordenha foi feito uma lavagem do sistema de ordenha com produto ácido, depois da primeira ordenha outra lavagem com detergente alcalino e a noite outra lavagem com produto alcalino. Também foi organizado a ordem dos animais entrarem para serem ordenhados, primeiro entra os mais jovens e sadios, depois os mais velhos e por último os que apresentam algum problema com mastite; outra medida foi o esgotamento manual, realizado logo após a ordenha mecânica para tirar alguma sobra de leite que pode servir de alimento para as bactérias, pois o orifício no teto onde sai o leite demora cerca de duas horas para fechar e quanto menos leite ficar, menor é chance de infeção por mastite. Esses procedimentos diminuíram  muito a contagem bacteriana, os índices ficaram dentro do exigido pela normativa 51 e resulta na prática em ganhos para o produtor.

Outros aspectos foram levantados e que devem ser realizados para manter a qualidade do leite, entre eles, o pós dip, o fornecimento de alimento para as vacas somente após a ordenha e a higiene do local. Um aspecto importante que foi levantado pelo público presente, foi a importância de participar de cursos e dias de campo, segundo o relato de um produtor “quem não tira tempo para se qualificar, enriquece o veterinário”