segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Podridão Parda em ameixeira

O agente causal desta doença é Monilinia fructicola, a única espécie deste gênero constatada em fruteiras temperadas no Brasil. Esta espécie é descrita Nos Estados Unidos da América e no Canadá, em Austrália e Nova Zelandia e no Japão. Nas regiões chuvosas pode causar perdas elevadas de fruta as que podem ocorrer no campo e também na frigorificação e transporte.

Sintomas e sinais: na primavera o patógeno causa requeima de ramos novos e das flores e podridão firme de cor marrom nos frutos maduros como nos imaturos. Nas flores a podridão se inicia pelo escurecimento dos sépalas e outros órgãos florais e, posteriormente, quando o patógeno coloniza o pedúnculo, a flor murcha e nos restos florais desenvolvem-se as estruturas do patógenos. Outros fungos podem também colonizar como patógenos secundários, as partes danificadas. Cancros desenvolvidos no local onde morreram as flores podem ser encontradas em cultivares mais suscetíveis. Os frutos podem ser infectados tanto na planta como fora dela e é comum verificar o desenvolvimento da podridão nos frutos de raleio ou nos que caem em pré- colheita por diversos fatores. Sobre as lesões desenvolvem-se uma massa marrom acinzentada com conídios do patógenos, na superfície de frutos mumificados parcialmente cobertos pelo solo, desenvolve-se a estrutura sexuada apotécio.

Ciclo da doença: o patógeno sobrevive nos ramos com flores e frutos infectados e nos frutos mumificados. A infecção é direta nos órgãos suscetíveis e, geralmente, iniciada pelos conídios que são disseminados pela chuva e o vento. A infecção pode ocorrer com poucas horas de molhamento sob condições de temperaturas amenas. Sendo que a infecção pode ocorrer entre 5ºC a 30ºC, condições comuns no desenvolvimento da cultura, a incidência e severidade desta doença é mais dependente da presença de inoculo no pomar e da umidade que segue períodos de chuva especialmente na floração e no período de maturação dos frutos. A presença de feridas causadas por insetos ou granizo facilita a penetração dos frutos pelo patógeno.

Controle: a medida de controle mais importante e a destruição das fontes de inoculo e, neste caso, é indispensável a remoção e destruição permanente dos frutos doentes no verão e em pós colheita e a eliminação dos frutos do raleio e dos que ficam no pomar após a colheita.O controle químico é geralmente com fungicidas protetores tais como o cobre enxofre e o captan e com produtos dos grupos dos inibidores da síntese do ergosterol, das estrobilurinas e das anilino pirimidinas.

Fonte- Clipping : EMBRAPA