Cotações subiram mais que o previsto e prometem boa renda para quem vai vender no auge da safra
Luana Gomes
A colheita da safra brasileira 2010/11 começa embalada pela arrancada dos preços internacionais da soja. Na semana em que Mato Grosso largou as primeiras colheitadeiras no campo, as cotações da oleaginosa voltaram a se aproximar dos US$ 14 o bushel (27,2 quilos) na Bolsa de Chicago, o que não ocorria desde setembro de 2008, antes do estouro da crise econômica mundial. Apesar de terem recuado um pouco neste início de 2011, a tendência é que os preços continuem fortalecidos nos próximos meses, favorecendo a comercialização da produção brasileira, preveem analistas.
No último pregão de 2010, o primeiro contrato do grão foi a US$ 13,94 o bushel, o equivalente a US$ 30,74 ou R$ 51,5 a saca de 60 quilos. Ontem, encerrou a sessão a US$ 13,8325 o bushel, ou US$ 30,51 a saca. A queda de 1% neste ano é apenas um movimento de consolidação do mercado nos atuais patamares e não indica uma reversão da tendência altista, considera o analista da Intertrading Carlos Alexandre Gallas. “Tudo vai depender do andamento da safra sul-americana, principalmente da argentina, mas ainda há espaço para novas altas. Não acho que US$ 14 seja o teto”, avalia.
“O mercado começou o ano mais acomodado. Mas nem mesmo a alta do dólar no mercado internacional segura esse trem. As chuvas que caíram na Argentina nos últimos dias não foram suficientes”, diz o analista norte-americano Jack Scoville, vice presidente do grupo Price Futures. Segundo Gallas, os preços da soja podem inclusive ultrapassar o recorde de 2008, quando o bushel da oleaginosa alcançou US$ 16,58 (US$ 36,57 a saca) em Chicago.
“O consumo está crescendo, colocando os estoques mundiais em níveis perigosos. Por isso, o mercado fica muito sensível ao risco de quebra e deve continuar sustentado. Existe um suporte psicológico muito forte em US$ 13,50”, relata o analista da Intertrading. Para ele, enquanto a safra argentina correr risco, o mercado dificilmente cairá abaixo desse patamar.
Acompanhando a forte valorização da soja, as cotações internacionais do milho avançam com força em Chicago. Ontem, o cereal encerrou o pregão valendo US$ 6,15 por bushel ou US$ 14,53 por saca. A demanda aquecida é o principal combustível para a alta.
Mercado interno
O mercado doméstico tem acompanhado a valorização internacional, apesar de as cotações estarem avançando de forma mais modesta nas principais praças de comercialização do país. No Porto de Paranaguá, o mercado exportador trabalha atualmente com cotações entre R$ 52 ou R$ 53 para o produto a ser entregue entre março e maio, mas houve negócios a R$ 55 a saca, conforme a Intertrading. “O produtor brasileiro tem aproveitado as cotações mais altas, vendendo quando pode. Mas o câmbio é o grande limitador dos ganhos no mercado interno”, afirma Gallas.
Levantamento da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab) mostra que a oleaginosa chegou a R$ 50 em Ponta Grossa ontem. Na média estadual, ficou em R$ 45,61/saca. O preço é 4% superior à cotação média do mês passado e 23% superior ao praticado há um ano.
Luana Gomes
A colheita da safra brasileira 2010/11 começa embalada pela arrancada dos preços internacionais da soja. Na semana em que Mato Grosso largou as primeiras colheitadeiras no campo, as cotações da oleaginosa voltaram a se aproximar dos US$ 14 o bushel (27,2 quilos) na Bolsa de Chicago, o que não ocorria desde setembro de 2008, antes do estouro da crise econômica mundial. Apesar de terem recuado um pouco neste início de 2011, a tendência é que os preços continuem fortalecidos nos próximos meses, favorecendo a comercialização da produção brasileira, preveem analistas.
No último pregão de 2010, o primeiro contrato do grão foi a US$ 13,94 o bushel, o equivalente a US$ 30,74 ou R$ 51,5 a saca de 60 quilos. Ontem, encerrou a sessão a US$ 13,8325 o bushel, ou US$ 30,51 a saca. A queda de 1% neste ano é apenas um movimento de consolidação do mercado nos atuais patamares e não indica uma reversão da tendência altista, considera o analista da Intertrading Carlos Alexandre Gallas. “Tudo vai depender do andamento da safra sul-americana, principalmente da argentina, mas ainda há espaço para novas altas. Não acho que US$ 14 seja o teto”, avalia.
“O mercado começou o ano mais acomodado. Mas nem mesmo a alta do dólar no mercado internacional segura esse trem. As chuvas que caíram na Argentina nos últimos dias não foram suficientes”, diz o analista norte-americano Jack Scoville, vice presidente do grupo Price Futures. Segundo Gallas, os preços da soja podem inclusive ultrapassar o recorde de 2008, quando o bushel da oleaginosa alcançou US$ 16,58 (US$ 36,57 a saca) em Chicago.
“O consumo está crescendo, colocando os estoques mundiais em níveis perigosos. Por isso, o mercado fica muito sensível ao risco de quebra e deve continuar sustentado. Existe um suporte psicológico muito forte em US$ 13,50”, relata o analista da Intertrading. Para ele, enquanto a safra argentina correr risco, o mercado dificilmente cairá abaixo desse patamar.
Acompanhando a forte valorização da soja, as cotações internacionais do milho avançam com força em Chicago. Ontem, o cereal encerrou o pregão valendo US$ 6,15 por bushel ou US$ 14,53 por saca. A demanda aquecida é o principal combustível para a alta.
Mercado interno
O mercado doméstico tem acompanhado a valorização internacional, apesar de as cotações estarem avançando de forma mais modesta nas principais praças de comercialização do país. No Porto de Paranaguá, o mercado exportador trabalha atualmente com cotações entre R$ 52 ou R$ 53 para o produto a ser entregue entre março e maio, mas houve negócios a R$ 55 a saca, conforme a Intertrading. “O produtor brasileiro tem aproveitado as cotações mais altas, vendendo quando pode. Mas o câmbio é o grande limitador dos ganhos no mercado interno”, afirma Gallas.
Levantamento da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab) mostra que a oleaginosa chegou a R$ 50 em Ponta Grossa ontem. Na média estadual, ficou em R$ 45,61/saca. O preço é 4% superior à cotação média do mês passado e 23% superior ao praticado há um ano.
Fonte: Gazeta do Povo