O mês de janeiro se encaminha para o final, com um regime de chuva bastante irregular, se considerados os volumes registrados nas diversas regiões do Estado. Enquanto do Centro para o Norte o volume acumulado nas últimas semanas girava ao redor dos 100mm, mais ao Sul, não ultrapassa os 50mm, o que representa menos da metade do esperado para o mês. A consequência mais visível é o aumento no número de municípios que decretam estado de emergência, em função da forte estiagem que atinge, principalmente, as regiões da Campanha e Sul.
Nessas áreas, a agricultura e a pecuária se encontram bastante prejudicadas, com os produtores contabilizando sérios prejuízos com a queda da produção de grãos, leite e carne, ficando a exceção por conta do arroz irrigado, que ainda mantém uma boa expectativa em relação às produtividades esperadas.
A população em geral também se vê afetada, devido ao racionamento no fornecimento de água, que ocorre tanto nas zonas rurais dos municípios, quanto nas áreas urbanas. Nas demais regiões, embora os volumes registrados também tenham ficado abaixo da média esperada, esses foram suficientes, na maior parte do território, para manter a umidade em níveis satisfatórios para lavouras e pastagens, dando a elas condições de manutenção do potencial produtivo. Durante este último período, o forte calor, aliado à alta umidade presente no ar, provocou a ocorrência de pancadas de chuvas, que por vezes vieram acompanhadas de fortes ventos e queda de granizo em pontos isolados do Estado. Segundo a meteorologia, os próximos dias deverão manter o padrão de chuvas irregulares e esparsas observado até aqui, com probabilidade de serem registrados volumes maiores (entre 50mm e 70mm) na primeira semana de fevereiro.
Fonte: Informativo conjuntural da Emater/RS-Ascar
