quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Futuro do agronegócio

O presidente da Sociedade Nacional de Agricultura, Antonio Alvarenga, mostrou-se muito otimista com o futuro do agronegócio brasileiro no almoço comemorativo dos 114 anos de fundação da instituição, que foi realizado no último dia 17. “A demanda por alimentos, energia renovável, madeira e outros produtos de nossa agropecuária permanecerá crescendo por muito tempo. O Brasil tem áreas disponíveis e tecnologia para atender essa demanda. “O país já é o maior produtor de café, cana de açúcar e laranja do mundo. Somos o 2º maior produtor de soja e o maior exportador mundial de carne bovina.”

Estiveram presentes ao evento da SNA o Ministro de Assuntos Estratégicos, Moreira Franco; o economista Paulo Rabello de Castro, coordenador do Movimento Brasil Eficiente; o vice-presidente da Fundação Getulio Vargas, Sergio Quintela; o empresário Ronald Levinsohn, um dos maiores proprietários de terras do país; o novo presidente do Sebrae/RJ, Jesus Costa e seu diretor-superintendente, Cesar Vasquez, dentre outros empresários e lideranças do setor rural.

Alvarenga entregou ao Ministro Moreira Franco um documento contendo propostas para o Governo Dilma Rousseff manter o incentivo à expansão do agronegócio. Uma das principais reivindicações da SNA refere-se à infraestrutura de transporte e armazenagem. “Temos uma agricultura extremamente eficiente e competitiva da porteira para dentro, mas que é fortemente prejudicada no escoamento da produção pelas mazelas inerentes a um sistema de transporte, deteriorado e ineficiente”, afirmou o presidente da SNA.

Código Florestal continua preocupando a classe rural

Em relação à discussão do projeto de reforma do Código Florestal, o presidente da SNA mencionou alguns princípios que deveriam constar desta revisão: i) delegação aos estados do poder de legislar sobre tema, permitindo que sejam contempladas as diferentes peculiaridades regionais; ii) concessão de tratamento diferenciado e especial às pequenas propriedades.

“A legislação atual tem perto de 50 anos, e somente uma parcela mínima de agricultores conseguiu cumpri-la até hoje. Isso demonstra a necessidade de uma lei moderna e atual que preserve o meio ambiente, mas que não impeça a produção e não imponha redução das áreas já agricultadas, afirmou o presidente da SNA.

A necessidade de um programa de conservação de solos, de modo a evitar processos de erosão, também foi ressaltada no documento da SNA. Os recentes deslizamentos de encostas na região serrana do estado do Rio demonstram a urgência desse programa.

Discurso e realidade

A SNA sugere ainda o estabelecimento de um grande programa de formação de pastagens, com o objetivo de proporcionar aumentos de produtividade e permitir a liberação de áreas atualmente utilizadas com pecuária extensiva para expansão da produção agrícola.

“Estamos confiantes”, disse Alvarenga, “o discurso de posse da Presidente Dilma Rousseff no Congresso foi bastante auspicioso. Esperamos que tal discurso se torne realidade”.
SNA