solo desprotegido |
A cada minuto, o processo de desertificação engole 23
hectares de solo terrestre, outros 5,5 ha. Resultam transformados pela atividade
de urbanização (o qual altera gravemente as funções do solo), enquanto que
outros 10 hectares sofrem degradação, o que ocasiona a perda de sua capacidade
para sustentar as funções do ecossistema.
Em termos humanos, o solo é um
recurso não renovável.
Na prática, se está despojando a
terra de sua cobertura a um ritmo muito mais rápido do que o necessário para
regenerá-la, o que configura uma ameaça direta para a sustentabilidade. Em todo o planeta se observa um declínio
constante da qualidade do solo, e o acesso desigual aos solos férteis põe em
perigo o meio de sustento de uma grande porção da população das zonas rurais.
Essa tendência provoca insegurança alimentar, contaminação de recursos hídricos,
desertificação e uma maior vulnerabilidade a fenômenos climáticos
extremos.
Frente a esta situação está atuando o Fórum
Global do Solo (GSF), que iniciou um processo de impulso à
transformação dos conhecimentos sobre o solo em intervenções práticas. Além
disso, o GSF tem alertado em debates nacionais e internacionais sobre políticas
pertinentes, advogando por medidas de gestão do solo que contribuam a obter um
desenvolvimento sustentável e um acesso equitativo a este recurso
finito.
Recentemente, este fórum organizou em Berlim
(Alemanha) a primeira «Semana Mundial do Solo» (Global Soil Week), cujo tema de
reflexão foi «Solos para a vida» com a participação de mais de 400
representantes de governos, científicos, organismos internacionais, empresas e
organizações civis. Este evento integrou a programação da Aliança Mundial para o
Solo e ofereceu informações sobre as decisões tomadas em junho de 2012 na
Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável.
O
professor Klaus Töpfer, diretor executivo do Institut for Advanced
Sustainability Studies (IASS, Potsdam, Alemanha) e presidente do GSF,
declarou: "Sem solos férteis, não se conseguirá nem segurança alimentar, nem uma
redução da pobreza, nem mitigação das mudanças climáticas e nem a adaptação a
estas".
Fonte: Aguaonline
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