Recomenda-se que um ou dois anos antes da implantação dos
pomares seja implantado um sistema de quebra vento natural, pois esse se faz
necessário para o sucesso do pomar.
A incidência de ventos fortes ou moderados faz com que o solo
e as plantas tenham o processo de perda de água acelerado, isso faz grande
diferença principalmente em épocas de pouca chuva. Também as partículas de
poeira carregadas pelo vento causam minúsculos ferimentos nas plantas que por
sua vez, tendem a desenvolver mais doenças e ser mais atacadas por pragas.
As espécies de maior uso atualmente no Rio Grande do Sul são:
Casuarina, pinus, eucalipto, cipreste, acácia negra, capim elefante , entre
outras. É possível e em alguns casos até mesmo recomendado utilizar mais que
uma espécies de plantas na composição do quebra-vento. O espaçamento deve ser
tal que forme uma cortina compacta que evite ou diminua a força do vento.
No passar dos anos o produtor deve manejar o quebra-vento de
forma permitir uma permeabilidade do ar para que exista uma ventilação adequada
ao pomar, em regiões de incidências de geadas o quebra vento deve permitir o
escoamento do ar frio de dentro para fora pela parte inferior .
Para cálculo de espaçamentos entre plantas do quebra-vento, é
preciso levar em conta a declividade, já em terrenos planos costuma-se utilizar
um cálculo onde que para cada metro de altura do quebra-vento protege de 7 a 10
metros de distância, mas a incidência do vento entre outros fatores pode
influenciar na escolha de outros espaçamentos entre linhas.
Uma alternativa quando se tem pouco tempo para estabelecer o
quebra-vento é o plantio de Capim Cameron que tem crescimento rápido e também
outra linha com plantas de crescimento mais lento porém de porte maior, assim
um faz a proteção mais rapidamente, quando as plantas de maior porte estiverem
adequadas elimina-se as plantas de capim
Cameron e deixa-se a linha com plantas maiores, como por exemplo Pinus,
eucalipto, cipreste...
O certo é que é recomendável implantação de quebra-vento em
todos os pomares, essa prática diminui incidência de moléstias e pragas, tendo
um ótimo custo benefício.