domingo, 27 de abril de 2014

Sistema de confinamento “Compost Barn”

O sistema "Composto Bar" ainda é novo no Brasil, apesar de alguns produtores já estarem adotando o sistema. Os primeiros resultados práticos estão sendo observados pelos produtores e técnicos com otimismo, dependendo dos resultados, este sistema tende ou não a se multiplicar pelo estado do Rio Grande de Sul, a expectativa é de que esse sistema influa positivamente nos índices de produção e de qualidade do leite. 

O principal argumento em defesa do sistema é a melhoria do conforto e bem estar animal, algo que diretamente traria benefícios na produção, longevidade dos animais e aumento do lucro. Alguns estudos realizados nos Estados Unidos, mostraram benefícios, como: a diminuição de problemas de cascos, maior facilidade de manifestação do cio e melhorando a taxa de detecção, redução de CCS, e redução de mastite. 


No município de Quinze de Novembro/RS, a família de Andréia Carolina Klaesener e Leocir Petersen, investiram no sistema a mais de três meses, segundo observações deles feito a reportagem da COPREL, eles observaram como pontos positivos até o momento, a redução dos problemas de cascos, manutenção da produção nos períodos de forte calor, menores índices de contagem bacteriana e diminuição na mão de obra. 


Crédito: Coprel
Outros produtores da região estão investindo no sistema, que se difere do tradicional sistema "free stall" pela ausência de divisórias internas e o fato do piso ser de chão batido, que é coberto com serragem, casca de arroz ou outro material. Importante utilizar materiais disponíveis na região, pois este é um fator que influencia nos custos. Já o manejo da cama, é realizado com o revolvimento, feito duas vezes por dia, para o trabalho utiliza-se trator com implemento que faça o revolvimento. 

De tempo em tempo a cama deve ser retirada, isso varia muito de propriedade para propriedade, o uso de cortinas é recomendado pois evita que a chuva molhe a cama e reduza a vida útil dela, existem relatos em outros estados, onde as camas foram trocada em seis meses em algumas propriedades, já em outras se passou mais de um ano. Conforme vai passando o tempo, é reposto uma camada de cama para mante-la confortável para os animais. Quando retirada a cama utilizada se apresenta como uma alternativa de adubação orgânica, que volta para as lavouras ou pastagens. 

Um aspecto importante no sistema, é o espaço destinado para cada animal, segundo alguns dados, eles apontam para que se respeite o espaço mínimo de 10m² para cada vaca, que produza até 25 litros de leite por dia, acima dessa produção, recomenda-se aumentar 1 m² para cada 12 litros produzidos pelo animal, isso se justifica pelo fato, do maior consumo de alimento e água, que ocasiona aumento também nos dejetos. 

Quanto a alimentação, ela é distribuída nos cochos, isso quer dizer que o produtor (a) precisa planejar a produção e colheita também do pasto, segundo depoimento de produtores dos municípios de Alto Alegre e Quinze de Novembro/RS, esse trabalho a mais para cortar e levar o pasto até os animais, é compensado com a menor compactação do solo, diminuição do trabalho para fazer piquetes, condução dos animais para as pastagens ,entre outros. Mas também eles relatam a importância de ter uma estrutura mínima de maquinaria para realizar o trabalho. 

O produtor (a), que tenha interesse no sistema deve procurar assistência técnica que tenha bom conhecimento sobre o tema, já que é algo até certo ponto, novo para o Rio Grande do Sul, também é recomendado a visitação a outros produtores que já estão trabalhando com essa técnica, pois essas medidas evitam que o empreendedor rural cometa erros que podem ser evitados com obtenção de informações.   

Com informações: Coprel

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