Segundo Cepea/Esalq, a expectativa de compradores brasileiros de trigo em grão é que o cenário atual, de falta do produto e preços em alta, possa ser revertido com a entrada da safra nacional em meados de agosto e também com a da Argentina, a partir de outubro. Porém, pelo menos no curto prazo, prevalece um bom conjunto de fatores altistas.
Segundo pesquisadores do Cepea, agora que os preços internacionais dão sinais de queda, a taxa de câmbio e o travamento de exportações argentinas dificultam as aquisições por parte de moinhos brasileiros. Ao mesmo tempo, a perspectiva de melhor receita com as exportações animam cooperativas a negociarem o produto externamente, garantindo parte de receita.
Os preços podem não ceder mesmo a partir do quarto trimestre, já que a atual situação econômica da Argentina pode dificultar as importações de trigo pelo Brasil. Com vistas a conter a inflação, o governo argentino tem priorizado o atendimento da demanda interna em detrimento das exportações.
Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br