Diferenciados dos monogástricos pelo fato de terem quatro estômagos ao invés de um, os bovinos são ruminantes. Os quatro estômagos são respectivamente, retículo, rúmem, omaso, e abomaso. O rúmem é onde ocorre a absorção de água, o abomaso é onde ocorre a digestão do leite, semelhante ao único estômago dos mongástricos.
Os ruminantes possuem a capacidade de utilizar alimentos fibrosos, como pastos, fenos, silagens, através de fermentação mecrobiana ocorrida no rúmem, este é o maior de seus comprimentos, que transforma aqueles alimentos em energia e proteína disponível para os animais.
Ao nascer os terneiros (as), por ainda ser um monogástrido, pois seu rúmem ainda não está desenvolvido e a digestão do leite, será realizada no seu estômago verdadeiro, o abomaso. Ao passar do tempo, com o estímulo de consumo de alimentos sólidos (fenos e concentrados), o rúmem começa a desenvolver-se e o terneiro (a) fica apto consumir alimentos sólidos.
No início da vida do terneiro (a) o leite deverá ser digerido no abomaso, pois este é o compartimento apto para esta função. Caso o leite passar pelo rúmem, irá ocasionar diarréia e desnutrição. Então, para que o leite vá para o abomaso sem passar pelo rúmen, o
que ocasionaria diarréia e desnutrição, forma-se, mediante estímulos, um canal de passagem,
através do qual o leite passa pelo rúmen sem que ali se detenha e vá
direto ao abomaso para ser digerido. Temos então, a chamada goteira
esofágica. Para formação da goteira esofágica, é necessário que o
leite seja fornecido entre 37ºC e 39°C e que, ao fornecer o leite em
baldes, cochos ou bibeirões, respeite-se uma altura mínima de 30 cm do
solo.