Na suinocultura os impactos gerados pelos dejetos são os que mais preocupam a sociedade, pois os sistemas de produção de suínos com alto nível de confinamento ocasionam o acúmulo de grande quantidade de dejetos em pequenas áreas. Essa preocupação está mais presente na população regional e local, devido a vários casos onde não foram observadas as normas e leis ambientais para prevenir os impactos principalmente nos recursos hídricos.
Os dejetos de suínos são constituídos por fezes, urina, água utilizada e desperdiçada pelos bebedouros, lavagens das instalações, resíduos de ração, pêlos entre outros materiais presentes no processo de engorda dos animais. Já o esterco, é constituído pelas fezes dos animais que geralmente estão em forma pastosa ou sólida.
A composição dos dejetos pode apresentar grande variação em sua composição, que depende do sistema de manejo, quantidade de água e nutrientes em sua composição. O esterco líquido dos suínos contém matéria orgânica, zinco, cobre, ferro entre outros elementos utilizados na dieta dos animais.
As quantidades de dejetos produzidos por um suíno, principalmente o esterco e urina são afetadas por fatores zootécnicos (tamanho, sexo, raça e atividade), ambientais (temperatura e umidade) e dietéticos (digestibilidade, conteúdo de fibra e proteína) (DARTORA, pg 11 – 1998). Segundo Oliveira (1993) suínos com peso entre 25 a 100 kg , produzem aproximados 7 litros de dejetos líquidos por dia.
O potencial poluidor dos dejetos de suínos em termos comparativos é muito maior que as das demais espécies, utilizando-se o equivalente populacional, um suíno, em média, equivale a 3,5 pessoas (DIESEL,2001) Baseado no que escreve o autor, a implantação por exemplo de sete pocilgas no município de Alto Alegre/RS como ocorreu no ano de 2010, com a capacidade inicialmente projetada de 500 suínos por unidade, equivaleria ao potencial poluidor de uma população de 12.250 pessoas, ou seja, mais de seis vezes a população atual do município.
Precisamos buscar sempre adotar medidas para mitigar os impactos da atividade e melhorar a eficiência das práticas já adotadas, a fim de preservar o meio ambiente e sempre lembrar que no centro desse ambiente encontra-se o ser humano.
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