A Emater/RS-Ascar promoveu, na sexta-feira (27/05), na localidade de Rincão do Tigre, em Boa Vista do Cadeado, uma reunião técnica com produtores de leite da Cooperativa dos Agricultores Familiares de Boa Vista do Cadeado (Coopercadi). A extensionista da área de bem-estar social, Liane dos Santos, e o engenheiro agrônomo, Gilberto Pozzobon, ambos da Emater/RS-Ascar, foram os responsáveis por repassar aos produtores orientações sobre como obter um leite de boa qualidade. “Preferimos estar na propriedade, onde as coisas realmente acontecem do que numa sala fechada”, justificou Pozzobon.
A simplicidade do ambiente deixou muito à vontade os agricultores, que se mantiveram atentos e participativos do começo ao fim do evento. O conteúdo, no entanto, altamente sofisticado, resumia a essência daquilo que é vital à qualidade do leite. “Bactérias não andam, elas nadam”, repetia Liane, salientando que as bactérias pegam carona na água para circular de um lado a outro da propriedade. “Se vocês conseguirem entender como as bactérias se multiplicam, muitos problemas serão resolvidos com hábitos simples, que não dependem de muitos recursos”, completou Pozzobon. A rapidez com que as bactérias se multiplicam deixou muitos produtores impressionados. Em apenas 20 minutos, uma única bactéria origina outras duas, e ao final de quatro horas, serão 4.096 novas, ameaçando a produção.
Os extensionistas da Emater/RS-Ascar, por meio de uma demonstração de método, orientaram os produtores sobre manejo, transmitindo informações técnicas eficazes no combate às bactérias responsáveis por doenças como mamite (inflamação da glândula mamária) e pela baixa qualidade do leite. Na sala de ordenha dos Grams, Liane tirou os primeiros três jatos de leite em uma caneca com fundo preto, para identificar se havia grumos semelhantes à areia, um dos sinais da mamite. Em seguida, Liane fez o teste CMT (Califórnia Mastite Teste), colocando jatos de leite em uma raquete de quatro cavidades, onde havia um reagente químico que diagnostica mamite bovina. “É importante fazer esses testes para identificar a mamite subclínica, ou seja, quando a doença está no início e é mais fácil de tratar”, disse Liane.
Ao invés de lavar o úbere, como ainda fazem muitos produtores antes de iniciar a ordenha, Liane limpou cada um dos tetos com uma ponta diferente de um pano limpo. Após a ordenha, mergulhou os tetos em um copinho cheio de uma mistura feita com linhaça e água, fervida com antecedência no fogão dos produtores e usada para selar o orifício dos tetos. Para espantar moscas e mosquitos, uma tintura feita de folha de eucalipto e água também foi passada nos tetos. A limpeza dos utensílios numa sequência de água morna e quente com detergente completou o ciclo. “O essencial é cuidar das mãos, dos tetos e dos utensílios”, frisou Pozzobon.
Giovano, filho dos Grams, era um dos mais entusiasmados. Com a orientação que recebeu dos técnicos, o jovem produtor espera elevar a qualidade dos 150 litros de leite que envia diariamente à Coopercadi e, assim, dar sua contribuição para fortalecer a cooperativa. “Começamos com onze famílias e hoje somos 100”, disse Giovano.
Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar Regional Ijuí
Jornalista Cleuza Noal Brutti
cbrutti@emater.tche.br
A simplicidade do ambiente deixou muito à vontade os agricultores, que se mantiveram atentos e participativos do começo ao fim do evento. O conteúdo, no entanto, altamente sofisticado, resumia a essência daquilo que é vital à qualidade do leite. “Bactérias não andam, elas nadam”, repetia Liane, salientando que as bactérias pegam carona na água para circular de um lado a outro da propriedade. “Se vocês conseguirem entender como as bactérias se multiplicam, muitos problemas serão resolvidos com hábitos simples, que não dependem de muitos recursos”, completou Pozzobon. A rapidez com que as bactérias se multiplicam deixou muitos produtores impressionados. Em apenas 20 minutos, uma única bactéria origina outras duas, e ao final de quatro horas, serão 4.096 novas, ameaçando a produção.
Os extensionistas da Emater/RS-Ascar, por meio de uma demonstração de método, orientaram os produtores sobre manejo, transmitindo informações técnicas eficazes no combate às bactérias responsáveis por doenças como mamite (inflamação da glândula mamária) e pela baixa qualidade do leite. Na sala de ordenha dos Grams, Liane tirou os primeiros três jatos de leite em uma caneca com fundo preto, para identificar se havia grumos semelhantes à areia, um dos sinais da mamite. Em seguida, Liane fez o teste CMT (Califórnia Mastite Teste), colocando jatos de leite em uma raquete de quatro cavidades, onde havia um reagente químico que diagnostica mamite bovina. “É importante fazer esses testes para identificar a mamite subclínica, ou seja, quando a doença está no início e é mais fácil de tratar”, disse Liane.
Ao invés de lavar o úbere, como ainda fazem muitos produtores antes de iniciar a ordenha, Liane limpou cada um dos tetos com uma ponta diferente de um pano limpo. Após a ordenha, mergulhou os tetos em um copinho cheio de uma mistura feita com linhaça e água, fervida com antecedência no fogão dos produtores e usada para selar o orifício dos tetos. Para espantar moscas e mosquitos, uma tintura feita de folha de eucalipto e água também foi passada nos tetos. A limpeza dos utensílios numa sequência de água morna e quente com detergente completou o ciclo. “O essencial é cuidar das mãos, dos tetos e dos utensílios”, frisou Pozzobon.
Giovano, filho dos Grams, era um dos mais entusiasmados. Com a orientação que recebeu dos técnicos, o jovem produtor espera elevar a qualidade dos 150 litros de leite que envia diariamente à Coopercadi e, assim, dar sua contribuição para fortalecer a cooperativa. “Começamos com onze famílias e hoje somos 100”, disse Giovano.
Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar Regional Ijuí
Jornalista Cleuza Noal Brutti
cbrutti@emater.tche.br